segunda-feira, 28 de março de 2011

Dreamy Closets



Qual mulher não sonha com um closet perfeito, com lugares específicos para cada coisinha, onde tudo fica organizado e visível, para nunca nos esquecermos que existe um sapato melhor ainda para aquele vestido específico??
Infelizmente, para mim, isto é só um sonho mesmo, pois meu quarto não tem nem para onde aumentar, e o meu armário também é tão pequeno que fica tudo tumultuado, sapatos um em cima do outros, minhas designer bags jogadas de qualquer jeito... enfim, puro caos! E por isso, depois de muita insistência, minha mãe se convenceu de que eu realmente preciso de um armário decente. Um closet dos sonhos não cabe lá, mas isso não nos impede de procurar inspirações neles para fazer um armário que permita que tudo fique organizado, visível e clean, com cara de fashionista. E nessa minha busca por inspirações resolvi mostrar pra vocês o que seria, para mim, um closet perfeito.




Sou fã de closets mais clássicos e com cores claras, mas existem modelos moderninhos, como esse último, que são de passar mal também.
Primeiramente é imprescindível que haja lugares específicos para o sapatos, de preferência aquelas prateleiras levemente inclinadas que faça com que todos fiquem bem expostos, sabem? Acho muito melhor do que gavetas para sapatos. Quadradinhos próprios para guardar bolsas são mara, e eles ajudam a valorizar as nossas tão amadas bolsinhas.
Outra coisa que acho que faz qualquer closet virar de princesa são gavetinhas fininhas específicas para bijuterias e jóias, com o interior cheio de divisões e todo aveludado, sabem?


E se for possível ainda acrescentar um pufe no meio, com espelhos bem amplos para dar cara (ou ser, de fato) de dressing room, melhor ainda.



E selecionei para vocês os closets mais famosos "da história". O primeiro, de Carrie Bradshaw, mais do que manjado por todas nós. Ele é bem natural e passa a idéia de ser algo realmente possível na vida de todas nós, e não só em Sex & the City. Adoro o tom de azul, e, principalmente, adoro o recheio dos armários! rs...



O de Blair Waldorf é o que seria, para mim, um closet perfeito. Muito arrumadinho, cada coisa em seu lugar, bem clean, clássico, e "de princesa".



Adoro também o de Nicky Hilton, que está mais para dressing room do que para um closet (o que, convenhamos, deixa-o ainda mais invejável). Ao contrário da irmã, que resolveu usar uma decoração completamente over, bem perua, Nicky fez de seu closet um sonho.



O de Eva Langroria me parece um pouco sério demais, por usar essa madeira com uma cor meio mórbida, e que briga um pouco com as roupas. Mas a logística é ótima, com lugares para tudo, e bem organizado. Eu adoro os vestidos pendurados nesse divisor que serve para trocar de roupa (alguém sabe o nome disso?), dá um toque vintage, e ainda te permite chamar atenção para aquela peça especial.



O de Mariah Carey, que já é quase mais manjado que o da nossa querida Carrie, consegue ser mais perua que o da Paris Hilton. E embora eu ame sapatos com todas as minhas forças, mais de mil pares é simplesmente doentio. E um closet do tamanho de uma casa é mais ainda.



O de Paris Hilton abuisa de espelhos, o que, na verdade, polui a visualização das roupas. Fora que está tudo abarrotado de roupas; e não é porque o closet é pequeno: Paris possui nada menos do que 3 closets, todos com essa mesma decoração; um de sapatos, um de roupas e um de acessórios. Humilde né?



O de Fergie inova no formato, que é mais arredondado, e tapete vermelho, lustre preto e o pufe no meio cheio de vestidos jogados são puro charme. Bem moderno, como a sua dona.



O de Cristina Aguilera tem um design interessante, e eu adoro a combinação de rosa com preto e vermelho, além da escadinha para pegar os sapatos, como aquelas de bibliotecas. Eu só não faria um assim para mim, acho que cores mais sóbrias deixam tudo muito mais organizado.



E agora, o que levou o prêmio de pior de todos! Sim senhores, Rachel Zoe tem um closet de dar vergonha! A stylist mais famosa do mundo, que tem um gosto impecável, sabe muito bem escolher suas roupas (reparem nas peças), mas definitivamente não sabe organizá-las. O resultado é um caos muito pior do que o meu, e que faz todas aquelas peças incríveis parecerem promoção da H&M.




 Mas, voltando à triste realidade do meu quarto, é bem possível projetar um armário de forma que ele fique organizado como um closet, tenha lugares específicos para cada coisa. Esse exemplo abaixo é, na verdade, de um closet, mas ele é bem pequeno que poderia ser um armário, e ele não deixa de ter espaço para todas as coisas mais essenciais.


E para quem quer inovar, nada como um armário antigo, vintage, que, embora não tenha tantas especificidades quanto outros, tem um ar mais de princesa que qualquer outro (e atenção para as caixinhas iguais, que são uma ótima opção para guardar bolsas, sapatos e chapéis, quando não se há prateleiras específicas para eles)



xx

p.s. Girls, estou fazendo o meu possível para manter o blog. Pelo menos uma vez por semana eu vou atualizá-lo, mas não posso prometer mais que isso. Preciso formar e isso quer dizer mil matérias, monografia, etc, etc, etc...

domingo, 20 de março de 2011

Redescovering Jelly

Eu não sei quanto a vocês, mas eu sempre tive um preconceito imenso de Melissa. Acho que é porque todas nós usamos tanto quando éramos pequenininhas, que, de repente, ficou a coisa mais baranga do mundo. E desde então, entrar numa loja da marca era expressamente proibido a qualquer pessoa que tivesse o mínimo senso de estilo, assim como o material das suas sandálias, aquele plástico que chamamos de jelly que também virou brega.
Ora, e a verdade é que não era bem assim. Tenho certeza que a grande maioria das minhas leitoras aqui repudiava sapatos de jelly, mas também se derretia toda quando via uma flat Chanel de jelly com uma camélia em cima, ou mesmo uma galocha Burberry ou Chanel do mesmo material. Até mesmo a Jimmy Choo que sempre fez sapatos modernésimos com materiais extremamente sofisticados se rendeu ao plástico e fez uma flat que foi copiada por quase todas as marcas. E, ao testemunhar tudo isso eu em hora alguma torci o nariz para o material usado, muito pelo contrário, e eu acredito que esse tenha sido o caso de quase todo mundo aqui também. Mas melissa mesmo, nunca mais.
E estou contando essa historinha aqui porque tenho certeza que quase todas pensam igual a mim, e por isso mesmo que a minha surpresa foi tão grande quando eu "redescobri" a Melissa. Eis que eu estava com uma amiga gringa e ela estava usando a sapatilha mais fofa que eu já vi, de jelly com um lacinho em cima, e ela ficava simplesmente um charme com tudo, e, ao que eu perguntei de onde era, ela me respondeu "Vivienne Westwood", uma estilista que eu simplesmente adoro. Alguns segundos depois, quando ela tirou a flat dos pés que eu vi escrito: "vivienne westwood for melissa".




Na verdade, já tem um tempo que a Melissa faz colaborações com grandes estilistas, mas eu nunca tinha parado para prestar atenção nelas, em grande parte devido ao meu preconceito mesmo. Mas depois que me apaixonei pela sapatilha eu tive que entrar em uma loja da marca, e simplesmente me apaixonei por tudo. As colaborações com Vivienne Westwood são as mais lindas, que adequaram perfeitamente o material ao estilo da marca, mas havia coisas lindas também assinadas por Jean Paul Gaultier, Alexandre Herchovitch, além de outros nomes menores, como Isabela Capeto, Salinas, etc. Tudo com um design lindo e um preço ótimo, que, vale ressaltar, é bem menor aqui do que nas lojas do exterior como a Harrods, que vendem sim os sapatos, mas como vivienne, e não melissa.
Fiz a maior festa da loja, e a partir de então, sempre que eu uso minha sandália de salto assinada por Gaultier alguém me pergunta de onde é. "Gaultier", eu respondo, "para a Melissa. Acredita?". E ninguém acredita.

melissa


Vale a pena dar uma passada nas lojas melissa para conferir, e acabar arrematando um designer shoes por um precinho mara!!

xx

domingo, 13 de março de 2011

Rodarte designs for ballerinas...again!

E ao que parece, a Rodarte gostou mesmo de entrar no mundo do ballet clássico depois de Black Swan. A marca agora criou um sapato para nada menos que Repetto, marca famosa por suas lindas ballerinas, ou sapatilhas, e também, para quem não sabe, uma das melhores marcas para acessórios de ballet, como sapatilhas de ponta.
E um resultado foi um oxford com design bem clean como são todos os sapatos da repetto, com um jeito de bailarina, delicadinho, e uma estampa de mármore linda para dar um toque mais "dark" da Rodarte.



Achei uma graça e bem chique para quem faz o estilo casual mais descoladinha, principalmente para quem dança: ele não é de dança mas remete muito aos sapatos de jazz, e dá um toque especial às bailarinas; mas não pelos salgados $455 (dólares!). Com esse preço eu compraria duas sapatilhas repetto ou uma chanel, mas para quem está disposto a pagar...

E a julgar por isso eu diria que podemos até esperar uma futura coleção da rodarte com muitas referências no ballet: e eu estou adorando!

E special thanks à Lu linda, que dança ballet comigo e me mostrou esse sapatinho fofo!

xx

quinta-feira, 10 de março de 2011

About Trends

Antes de me julgarem pelo que vou falar aqui, afirmo que eu entendo como o mundo da moda funciona, e isso quer dizer que as grandes marcas sempre lançarão tendências que são o que as marcas menores vão seguir, e, no final, a cada estação todo mundo veste mais ou menos o mesmo estilo, e isso vai mudando com o tempo. E tem sido assim desde a antiguidade, quando uma Marie Antoinette, por exemplo, resolvia usar algo inusitado e todos os membros da corte, que a achavam o máximo, copiavam, e daí virava moda. Hoje isso tudo acontece em escala muito maior, com o evento da globalização e a rapidez com que divulgamos informações.
Afirmo também que eu, apaixonada por moda como sou, adoro ficar atenta às tendências e usar o que está na moda.
Mas fico revoltada quando paro para dar uma olhada nos catálogos de novas coleções, em revistas, etc, e me deparo com um tanto de propaganda igual. Porque seguir uma tendência é uma coisa; não criar nada é outra.
Este outono, por exemplo, nas marcas nacionais, a tendência é vermelho, couro, coletes de pele (de preferência compridinhos), a cor camelo e onça. Principalmente acessórios de onça. Isso quer dizer que todas as marcas brasileiras estão com exatamente a mesma coleção: casacos de couro preto, calças de couro vermelhas, pumps básicos de onça, clutchs de onças, coletes compridinhos de pele, e por ai vai... Acho que vocês já têm uma boa idéia do que eu estou falando, até porque já viram essa mesma figura milhares de vezes. E não é uma ou outra marca que possui uma coleção no mesmo estilo, são todas as marcas jovens mais usadas no Brasil: Bobô, Ateen, M&Guia, 284, Mixed, Daslu, Bobstore, e por aí vai, seguindo por todas as grandes marcas até as menores, que nem preciso dizer são mais cópias ainda.
E o que mais me espanta é que são todas marcas consagradas, consideradas lindas e de bom estilo, e que, na minha opinião, jogam todo o estilo e status que conquistaram fora ao seguir à risca o que a Vogue falou. E só tenho a dizer uma coisa: a Vogue falou justamente porque, quando lançada certa moda por um certo estilista, ela era inusitada, inovadora, e merecia atenção.
E as fashionistas ficam tão desesperadas para estarem exatamente de acordo com as tendências, que acabam caindo na mesma armadilha que as marcas caem: a de perder as próprias peculiaridades que definem cada um para seguir a ditadura da moda. Ora, eu adoro tendências, e as sigo, mas sempre adaptando tudo ao meu próprio estilo, e só usando o que, de fato, combina comigo. E, na verdade, tomo tamanha antipatia de tudo o que vira "must have", que me recuso a usá-los.

campanha inverno 2011 bobô


campanha inverno 2011 Ateen



campanha inverno 2011 M&Guia na revista da loja

making off da campanha inverno 2011 Mixed

Em outras proporções é o mesmo caso de peças "inspired". De uns tempos pra cá surgiu essa onda de todas as marcas mais populares copiarem exatamente uma peça consagrada de uma marca chique e chamá-la de inspired, quando, na verdade, é a mesma coisa que uma cópia barata comprada em chinatown. Eu já falei sobre isso aqui: é que, na verdade, é importantíssimo que haja inspirações, e certas pecas viram clássicos que mudam todo o rumo da moda, mas inspirações não são o mesmo que cópia. Até porque, se formos pensar, o mundo inteiro da arte é uma grande mímesis, e tudo sempre vai ser cópia de algo feito anteriormente. Mas somente terá valor, de fato, quando for uma cópia modificada atendendo, assim, às novas demandas que um outro contexto pode exigir. Ou seja: uma bolsa Lanvin que usa alça de correntes é inspirada nas bolsas clássicas da Chanel, que foram as primeiras a usar este material como alça de bolsas; mas, em uma lanvin, como é uma bolsa mais moderninha, até rocker, a corrente tem mais cara de corrente e possui uma fita que vai se entrelaçando por ela formando um designer novo. Um sapato que resolve colocar uma sola colorida, ou até com desenhos nela, como uma da designer Taylor Reeve, foi certamente inspirado em um Louboutin, que foi o primeiro a ressaltar as solas dos sapatos, apostando em uma cor que nunca passaria batido, mas quando é um sapato normal com a simples sola vermelha, aí é puro plágio, pois a sola vermelha já virou marca registrada do designer. E bolsas de moletom, sapatos da Santa Lolla, Villa Vittini e Corello que são cópias exatas de sapatos Miu Miu, Chanel, etc., não são versões inspiradas, mas simplesmente copiadas exatamente.

Por isso defendo que as tendências são importantes sim, se usadas como fonte de inspiração, o que raramente acontece por marcas menores. Porque as tendências são lindas sim, mas presentes o tempo todo e idênticas em todas as lojas, ficam batidas e ninguém mais vai achar graça. Uma marca que eu não sou muito fã, mas que não poderia deixar de elogiar aqui é a Animale: ela segue as tendências sim, mas sempre adequando-as ao estilo particular da marca. E é o que todas deviam fazer, pois a Bobô, Ateen, M&Guia, etc, (nem comento sobre a 284 porque já é desnecessário) que são marcas que eu geralmente adoro estão todas iguaizinhas, e eu nunca saberia diferenciar um vestido de uma marca para a outra, pois todas perderam a própria identidade. E é fundamental manter a própria identidade, pois é isso que faz o mundo fashion girar - e ser tão interessante. E isso se aplica tanto para as marcas quanto para as usuárias delas.

Só para pensar um pouco antes de comprar o próximo hit da estação.


xx